O Blogue “De Penafiel para a Grande Cidade” tem por objetivo ser um canal de comunicação ocasional para um grupo de amigos, naturais de Penafiel, a que as obrigações profissionais e familiares e a distância tem obrigado a se encontrarem cada vez menos para poderem partilhar ideias. Uma opinião política, um assunto da atualidade, uma música, uma foto ou um postal, ou uma piada, poderão ser alguns dos temas aqui expostos. Mas atenção, este é um blogue familiar, não são permitidas ordinarices!
domingo, 16 de junho de 2013
Os professores quererão uma situação de privilégio?
Um dos professores na manifestação de ontem, entrevistado por um canal de televisão, nomeou todos os ministros da educação que nos últimos 10 ou 15 anos foram vergados á força e vontade dos professores. É lamentável, mas esta posição demonstra que muitos professores (e os sindicatos) acham que podem ser privilegiados relativamente ao resto da administração pública, atingindo os seus objetivos através da força que constitui a greve que afete os exames e, no fundo, as vidas de milhares de estudantes.
Seria bem mais compreensível que a posição dos professores fosse manifestada de forma comum a todos os funcionários da administração pública na greve geral agendada.
No entanto, esta posição comum da administração pública deve, tal como os professores, ter em atenção a grave situação do país e que as medidas restritivas estão a ser impostas de fora pela troica, atravessamos um período em que não poderemos evitar os sacrifícios de todos. Também, não deverão querer privilégios relativamente ao setor privado mas, sempre que a comparação com o sector privado seja feita, deverão exigir que se compare também quando é o setor privado que tem os privilégios. Por exemplo quando se comparam vencimentos entre os dois setores, não se tem em conta os suplementos de vencimento (carro, subsídio de alimentação mais elevado, outros suplementos...) que as empresas dão aos seus trabalhadores porque existe um benefício fiscal mútuo. Os funcionários públicos não fogem 1 cêntimo aos impostos!
Subscrever:
Enviar feedback (Atom)
Fiquei sem te perceber muito bem. Estás de acordo com a greve ou não?
ResponderEliminarEntão e já pensaste na quantidade de profs que arrisca a perder o emprego... O que é o hipotético adiamento de um exame comparado com uma vida destruída por falta de emprego? imagino que seja um drama adiar um exame... mas sei bem o drama que vivem amigos meus que sempre foram profs e vivem no desemprego, prestes a perderem o subsidio... O governo podia perfeitamente ter adiado o exame... e se depois os profs fizessem nova greve nesse dia, então sim perdiam a razão. Assim é mais a tirania deste governo a atuar a seu belo prazer. Vê o que se passa com os nossos subsídios de férias... os gajos não o pagam já apenas por retaliação. temos um governo completamente fora da lei.
abraço
F
Não concordo é com a situação de exceção que os professores historicamente têm mantido devido á sua capacidade reivindicativa. Faz sentido uma greve geral de toda a administração pública, agora haver 40 horas e mobilidade para os funcionários públicos com exceção dos professores...
ResponderEliminarPor outro lado, sabemos que o país tem de reduzir custos senão pode acabar numa banca rota. Podemos conseguir que ninguém seja despedido mas de hoje a amanhã não temos país para pagar o salário a ninguém...
Acho que tem de haver um equilíbrio/realismo naquilo que reivindicamos. A função pública deixou de ter a segurança do emprego para a vida!
um abraço,
José Estrela