sábado, 18 de janeiro de 2014

O Papel do Estado



Historicamente, os cidadãos vêm o estado como a entidade que zela pelo interesse de todos. Que administra a justiça, a defesa, a saúde, a educação e a organização do país. A contrapartida para o usufruto deste serviço social do estado é o cumprimento dos deveres de cada um, nomeadamente o cumprimento das leis e o pagamento dos impostos. É este equilíbrio de direitos e obrigações que não é compreendido por muitos dos portugueses. Usufrui-se da educação para si e para os filhos, dos hospitais em consultas, tratamentos e operações que ficam muito caras ao estado, das vias de comunicação e dos transportes, da justiça, etc., mas quando toca a pagar os impostos, o estado é muitas vezes apelidado de sanguessuga e que só existe para taxar as pessoas e empresas. E estou a falar do nosso regime democrático, em que as leis e regras são estabelecidas na Assembleia da República por deputados eleitos por todos nós.

Temos portanto a justiça, a defesa, a saúde e a educação que a maioria, de forma indireta, escolhe. Mas para isso, temos de pagar o custo que cada uma delas tem, mesmo considerando que, por vezes, os recursos são mal administrados e que, cada vez mais, é necessário racionalizá-los. Sendo assim, nesta era de enormes dificuldades do país, devemos decidir que justiça, defesa, saúde e educação queremos, como deve ser administrada e quanto estamos dispostos a pagar por elas.

É por isso que aqueles que consideram que os funcionários públicos são uns privilegiados, estão equivocados. Os funcionários públicos desempenham o seu trabalho nas condições contratualizadas, para tornar possível a concretização dos serviços do estado. Desta forma, nesta era em que o governo do país tem de tomar medidas extraordinárias para garantir os compromissos e a solvência do país, é injusto direcionar mais os sacrifícios para os funcionários públicos (e para os pensionistas, por outras razões). Já o princípio de tornar convergentes as condições laborais entre o sector público e privado (mas em ambos os sentidos) parece justo, e é mais um argumento que confirma que os sacrifícios devem ser partilhados de forma equitativa por todos.

sábado, 11 de janeiro de 2014

All Night Long - Peter Murphy

Para recordar esta excelente música da nossa geração, All Night Long.

Pereira, Parabéns pelos 50 anos, e tal como diz a música, mantém os segredos da tua "força"!

Um abraço,