domingo, 24 de janeiro de 2016

Industria 4.0 - A nova fase da indústria vai eliminar, em breve, cinco milhões de empregos. Especialistas avisam que o fosso entre ricos e pobres pode aumentar.

Neste artigo do site dinheirovivo é caracterizada a chamada quarta revolução industrial. “Depois da invenção da máquina a vapor, em 1784, da eletricidade e da produção em massa, em 1870, e da eletrónica e da produção automatizada, em 1969, começa agora a discutir-se a próxima fase da manufactura com uma completa digitalização dos sistemas produtivos, interligando máquinas, pessoas e processos.”

Para o presidente do Fórum Económico Mundial, a velocidade, o alcance e o impacto das alterações atuais “não tem precedente histórico”, diz Klaus Schwab. Para este responsável, tal como as anteriores, esta quarta revolução tem o potencial de “elevar os níveis de rendimento global e de melhorar a qualidade de vidas das populações em todo o mundo”.

Klaus Schwab destaca que, no futuro, “o milagre” se fará também do lado da oferta, “com ganhos de eficiência e produtividade a longo prazo”, decorrentes da baixa dos custos de transportes e comunicação, da maior eficácia nas cadeias logísticas e de transportes globais e da descida nos custos do comércio. Tudo isto, diz, “vai abrir novos mercados e impulsionar crescimento económico”.

Mas nem tudo são boas notícias e há sempre o reverso da medalha. O crescimento da automatização da indústria e dos serviços, decorrente das rápidas evoluções em áreas como a inteligência artificial, a robótica, a nanotecnologia e a impressão 3D, vai tornar obsoletos muitos dos atuais postos de trabalho, agravando o fosso entre ricos e pobres.


Klaus Schwab assume mesmo que a maior preocupação social relativa à quarta revolução industrial é o agravamento das desigualdades, que conduzirá a um aumento das tensões sociais. Até porque os estudos já avançados estimam que esta quarta revolução implicará a perda de cinco milhões de empregos nas principais economias mundiais, só nos próximos cinco anos.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

A Oxfam apela ao fim da "era dos paraísos fiscais"

O artigo do Jornal de Negócios Oxfam: Riqueza de 1% da população superou a dos restantes 99% em 2015, de 18.01.2016, expressa bem essa constatação dos nossos dias, que não é nova, a injustiça e desigualdade social são cada vez maiores, entre uma minoria com uma riqueza descomunal e a restante população, muitos dos quais a viverem na miséria.

Este modelo de globalização e a abertura dos mercados está de facto a criar oportunidades de prosperidade para todos, mas está também a tornar os ricos cada vez mais ricos e não está a erradicar a pobreza.


Mas a organização não-governamental Oxfam, antes do início do Fórum Económico Mundial de Davos expressa uma outra ideia, esta mais ativa e com enorme potencial de poder mudar as coisas. "Devemos abordar os Governos, as empresas e as elites económicas presentes em Davos a empenharem-se para acabar com esta era de paraísos fiscais, que alimenta as desigualdades globais, e impedir centenas de milhões de pessoas da pobreza", disse Winnie Byanyima, diretora-geral da Oxfam International. Sublinhando que nove em dez empresas que figuram entre "os sócios estratégicos" do Fórum Económico Mundial de Davos "estão presentes em pelo menos um paraíso fiscal".