terça-feira, 13 de dezembro de 2016

Como Rogério Casanova viu Coates a espetar pantufadas em gandulos com intenções malignas

Não perco as crónicas do Rogério Casanova no Expresso sobre a atuação dos jogadores do Sporting após cada jogo. São excelentes, com muita piada e num estilo fora do comum, fazendo as mais diversas comparações e indo buscar os assuntos mais incríveis! A crónica do último Benfica-Sporting está neste link.

Saliento os seguintes excertos:
"BRYAN RUIZ
Veio fazer o seu papel do costume, movimentando-se sempre com lenta deliberação, como se em vez de fintar jogadores adversários, procurasse antes convencê-los a desviarem-se de sua livre vontade, através de argumentos, e citando alguns excertos avulsos do Código Civil. Desequilibrou apenas uma vez, quando isolou Jiménez com um milimétrico passe de cabeça. O ser humano partilha 35% do seu ADN com as algas, um facto que parece muito menos espantoso depois da exibição de Bryan Ruiz hoje."

"WILLIAM CARVALHO
O filósofo inglês Timothy Morton cunhou o termo hiperobjecto para designar objectos com propriedades distribuídas de forma tão maciça que transcendem a sua especificidade espácio-temporal, como é o caso do aquecimento global, do plutónio radioactivo, da esferovite, e de William Carvalho. A sua totalidade nunca pode ser assimilada em qualquer manifestação local, mas apenas numa rede de condições, como a meteorologia. Foi, enfim, o melhor em campo. (Este parágrafo até nem estava a correr mal, se repararem, mas entretanto a esferográfica ressaltou num amontoado de papéis amarrotados e o raciocínio perdeu-se)."

Aproveito esta oportunidade para fazer a minha crónica/análise deste jogo! O jogo lembra-me aqueles jogos em que uma equipa grande joga contra uma equipa pequena. A equipa grande domina completamente o jogo mas não é suficientemente eficaz. A equipa pequena joga em contra-ataque, fazem o jogo da vida deles e conseguem, desta forma, empatar o jogo. Adicionalmente, o árbitro tem intervenções infelizes em 2 lances que acabam por dar a vitória à equipa pequena. Paciência… ainda vão haver muitos jogos até ao final do campeonato!

domingo, 27 de novembro de 2016

sábado, 12 de novembro de 2016

Primeiro recuo na Globalização

A estupefação e o choque após a vitória de Trump está a dar lugar à curiosidade nas medidas prioritários que ele vai anunciando, e se a nível interno são fáceis de imaginar na linha da tradição do partido republicano, já no plano externo levantam-se muitas dúvidas em especial no impacto que algumas medidas poderão causar no mundo.

O fim do programa saúde Obamacare (vai impor que todos os cidadãos americanos tenham um seguro de saúde!), a intenção de construir um muro na fronteira com o México (será mais um reforço do muro pois ele já existe) e a expulsão dos ilegais e o controlo da imigração, vão tornar o país mais isolado e mais injusto.

A nível global, a suspensão dos acordos internacionais sobre as alterações climáticas e o levantamento das restrições à produção de combustíveis fósseis vão ter repercussões a longo prazo no clima do planeta. A incerteza no futuro das relações com a EU e a NATO e o conjunto de políticas económicas protecionistas da economia interna e que foram um dos fatores populistas que contribuíram para a sua eleição, poderão provocar um grande impacto.

A suspensão dos acordos económicas com a UE e Acordo Transpacífico bem como a imposição de taxas alfandegárias aos produtos importados (45% para os produtos chineses) são as suas medidas no combate ao comércio livre. Sou de opinião que a globalização foi mal feita com clara penalização dos países ocidentais que tiveram de competir com países sem direitos laborais, o que levou a reduzidas taxas de crescimento desde o ano 2000, que em conjunto com a crise económica levaram à contestação generalizada do sistema e a este populismo que elegeu Trump.

Esta afronta ao comércio livre parece constituir o primeiro recuo na Globalização, com um possível grande impacto a curto/médio prazo. Falta ver como se vão posicionar e que pedidas vão tomar a UE e a Rússia e as reações das potências emergentes em especial a China. Não se cede aquilo que se conquistou sem luta!

Imagem: https://twitter.com/Moouxe/status/796300356925865984/photo/1?ref_src=twsrc%5Etfw 

quarta-feira, 14 de setembro de 2016

Paris 1870... Paris 2016

Duas fotos do mesmo local, Paris Pont Saint-Michel - Notre-Dame, mas de duas épocas diferentes...



terça-feira, 12 de julho de 2016

O título Europeu de Portugal - Após digerir as emoções !

Foi um jogo épico! Que começou com o trágico fado Lusitano com a saída em lágrimas de Cristiano Ronaldo lesionado. Senti um Déjà vu nesse momento... Mas na realidade CR7 não saiu de campo, passou todo o jogo a transmitir a sua força para os colegas de equipa dentro de campo, culminando com o golo de Éder que deu o título Europeu e com o grito final de Vitória.

É um atleta com uma competitividade jamais vista, mesmo lesionado é um Campeão, no sentido literal e de mentalidade. É o tipo de Português que engrandece o nosso País! A imagem que reterei na memória é a do golo de cabeça ao País de Gales, suspenso no ar, lá em cima onde os outros não chegam, a cabecear para o golo certo, qual Super-Homem!


Imagens Google

Como a imprensa internacional viu a vitória de Portugal in PÚBLICO 11/07/2016

“Portugal, campeão europeu: a crueldade é bela. A saída do campo Cristiano é como a remoção de um corpo morto no campo de batalha. As mãos cobrem com pudor um rosto ensanguentado em lágrimas. O inimigo aplaude em pé quem demonstrou tantas vezes o seu valor.” El Mundo (Espanha)

"As lágrimas de tristeza de Cristiano Ronaldo transformaram-se em alegria na maior noite de Portugal. Não foi apenas uma vez que Cristiano Ronaldo levou as mãos à cara e lutou para conter a emoção. Desta vez foi por causa de uma alegria imensa. O capitão português, que foi cruelmente expulso da sua final por causa de uma lesão no joelho na primeira meia hora, caminhou ao longo do campo para ter um momento a sós enquanto a histeria explodia à sua volta.” The Guardian (Inglaterra)

“Do drama à história. Das lágrimas de desespero às lágrimas de alegria: houve de tudo e de tudo o oposto na noite Cristiano Ronaldo. A lesão no joelho esquerdo que lhe arrancou a possibilidade de jogar a final Euro 2016 depois de apenas 25 minutos parecia ser o mais clássico negro dos presságios, mas o golo de Éder no minuto 109 mudou a história e desenhou as imagens felizes com CR7 a coxear e a levantar a taça de campeões da Europa.” Gazzetta dello Sport (Itália)


Imagens Google


sexta-feira, 10 de junho de 2016

Janis Joplin - Mercedes Benz

A voz brilhante e poderosa de Janis Joplin no tema inesquecível Mercedes Benz! (videoclip a seguir)

Desejo-te os parabéns Barros pelos 52, com a boa disposição e o optimismo de sempre!




domingo, 15 de maio de 2016

Qual a finalidade dos Paraísos Fiscais?

Jürgen Mossack respondeu a Kejal Vyas do The Wall Street Journal, numa transcrição da reportagem no artigo do DN O pai nazi do fundadorda Mossack Fonseca, que "As offshore têm um monte de usos legítimos, … incluindo evitar o pagamento de impostos em duplicado, proporcionar privacidade e a proteção dos regimes criminais e dos delinquentes".

Em contrapartida, a lavagem de capitais com origem na droga, armas e das mais diversas origens ilícitas serão com certeza as razões mais inconvenientes para os defensores e os que têm interesses nos paraísos fiscais, cuja motivação fundamental é a evasão fiscal mas também a corrupção.

Para empresas e personalidades tão ricas e poderosas, as razões apontadas do pagamento de impostos em duplicado e a proteção dos regimes desonestos e dos delinquentes, parecem ser justificações muito frívolas. Quem tem poder para criar uma offshore no Panamá ou no Pacífico também consegue fugir de um regime desonesto. A privacidade é o busílis da questão, e não se pretende tornar privado o estatuto de riqueza mas sim esconder pagamentos e transferências bancárias e consequentemente podemos estar perante evasão fiscal e corrupção. A privacidade não é compatível com a justiça fiscal.

Já num artigo de 2013 da Visão é referido que “A organização não-governamental Oxfam denunciou que os paraísos fiscais escondem 14 biliões de euros, o que significa uma perda de receita fiscal para os governos em torno dos 120 mil milhões de euros”. E a responsável da Oxfam para a UE, Natália Alonso, considerou "escandaloso" que os governos permitam esta situação, ao mesmo tempo que considerou que estas quantidades imensas de dinheiro em paraísos fiscais poderiam ajudar a acabar com a pobreza extrema no mundo.

Mais recentemente o artigo do Económico, Grupo de 300 economistas exige novas regras para os paraísos fiscais, refere que um grupo de 300 eminentes economistas “reclama a criação de novas regras globais que obriguem as actividades tributáveis a pagar os impostos que são devidos.” A carta surge poucos dias antes da cimeira anti-corrupção promovida pelo Governo britânico, que se realizou no dia 12 de Maio.

Um dos signatários da carta, o economista Ha-Hoon Chang, da Universidade de Cambridge, disse à BBC que assinou porque partilha “a visão de que os paraísos fiscais não têm uma finalidade útil”. E acrescentou que “esses paraísos fiscais, basicamente, permitem às empresas e a alguns indivíduos andarem à boleia do resto da humanidade”.

domingo, 17 de abril de 2016

Análise ao lance do golo do Moreirense – Sporting

Desde ontem que se comenta este lance do Moreirense – Sporting com alguma leviandade, em especial os comentadores profissionais deveriam fazer uma análise mais cuidada antes de emitirem opiniões tão conclusivas. É sem dúvida um lance que deixa muitas dúvidas face à má colocação da câmara.

Com a frame do momento do passe, colocada pelo site do Record a partir das imagens da SportTV, representei as linhas retas dos limites do corte da relva (verde claro / verde escuro). A interceção destas retas dá-nos o Ponto de Fuga (imagem a seguir).


Para se verificar se o Slimani está ou não em fora-de-jogo, deve traçar-se uma reta desde o Ponto de Fuga e fazendo-a passar pelo exato local da bola. Como é possível verificar, esta reta passa um pouco à frente do Slimani, concluindo-se assim, que não está em fora-de-jogo.

domingo, 24 de janeiro de 2016

Industria 4.0 - A nova fase da indústria vai eliminar, em breve, cinco milhões de empregos. Especialistas avisam que o fosso entre ricos e pobres pode aumentar.

Neste artigo do site dinheirovivo é caracterizada a chamada quarta revolução industrial. “Depois da invenção da máquina a vapor, em 1784, da eletricidade e da produção em massa, em 1870, e da eletrónica e da produção automatizada, em 1969, começa agora a discutir-se a próxima fase da manufactura com uma completa digitalização dos sistemas produtivos, interligando máquinas, pessoas e processos.”

Para o presidente do Fórum Económico Mundial, a velocidade, o alcance e o impacto das alterações atuais “não tem precedente histórico”, diz Klaus Schwab. Para este responsável, tal como as anteriores, esta quarta revolução tem o potencial de “elevar os níveis de rendimento global e de melhorar a qualidade de vidas das populações em todo o mundo”.

Klaus Schwab destaca que, no futuro, “o milagre” se fará também do lado da oferta, “com ganhos de eficiência e produtividade a longo prazo”, decorrentes da baixa dos custos de transportes e comunicação, da maior eficácia nas cadeias logísticas e de transportes globais e da descida nos custos do comércio. Tudo isto, diz, “vai abrir novos mercados e impulsionar crescimento económico”.

Mas nem tudo são boas notícias e há sempre o reverso da medalha. O crescimento da automatização da indústria e dos serviços, decorrente das rápidas evoluções em áreas como a inteligência artificial, a robótica, a nanotecnologia e a impressão 3D, vai tornar obsoletos muitos dos atuais postos de trabalho, agravando o fosso entre ricos e pobres.


Klaus Schwab assume mesmo que a maior preocupação social relativa à quarta revolução industrial é o agravamento das desigualdades, que conduzirá a um aumento das tensões sociais. Até porque os estudos já avançados estimam que esta quarta revolução implicará a perda de cinco milhões de empregos nas principais economias mundiais, só nos próximos cinco anos.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

A Oxfam apela ao fim da "era dos paraísos fiscais"

O artigo do Jornal de Negócios Oxfam: Riqueza de 1% da população superou a dos restantes 99% em 2015, de 18.01.2016, expressa bem essa constatação dos nossos dias, que não é nova, a injustiça e desigualdade social são cada vez maiores, entre uma minoria com uma riqueza descomunal e a restante população, muitos dos quais a viverem na miséria.

Este modelo de globalização e a abertura dos mercados está de facto a criar oportunidades de prosperidade para todos, mas está também a tornar os ricos cada vez mais ricos e não está a erradicar a pobreza.


Mas a organização não-governamental Oxfam, antes do início do Fórum Económico Mundial de Davos expressa uma outra ideia, esta mais ativa e com enorme potencial de poder mudar as coisas. "Devemos abordar os Governos, as empresas e as elites económicas presentes em Davos a empenharem-se para acabar com esta era de paraísos fiscais, que alimenta as desigualdades globais, e impedir centenas de milhões de pessoas da pobreza", disse Winnie Byanyima, diretora-geral da Oxfam International. Sublinhando que nove em dez empresas que figuram entre "os sócios estratégicos" do Fórum Económico Mundial de Davos "estão presentes em pelo menos um paraíso fiscal".