Esta década da nossa infância era a nossa realidade, a janela para o mundo. Via-la com o olhar de baixo, com inocência, curiosidade, alegria mas também tristeza. Era a descoberta! Olho-a agora com o olhar de memórias e recordações nostálgicas da infância, num olhar crítico dum percurso e aprendizagem de vida e de evolução do espírito…
Neste hábito e fascínio pelas
séries de época que descobri com o tempo e que reforcei durante a pandemia, a
série Mad Men marcou-me particularmente pois retrata os anos 60 duma forma fiel
que eu redescobri nas minhas memórias, mas também inovadora como os flashbacks
ao passado do personagem e as músicas dos anos 60 do imaginário da
infância.
É uma série americana dramática de época, criada por Matthew Weiner, que explora a glamorosa e egocêntrica
"Era de Ouro" da publicidade, onde toda a gente vende alguma coisa e
nada é o que parece... Mad Men começa na agência de publicidade fictícia
Sterling Cooper, na Madison Avenue, em Manhattan, na cosmopolita Nova York,
muito diferente da conservadora e rural Penafiel dos anos 60. Mas os preconceitos
e a sociedade machista e cínica mas conservadora e de bons costumes de fachada,
estão no cerne de ambas.
A séria passou na RTP1 até 2015 e
podemos vê-la atualmente na Prime Vídeo, tem sete temporadas e 92 episódios, e passa-se
no período de março de 1960 a novembro de 1970, retratando assim toda uma
década. O personagem principal é o carismático publicitário Don Draper
(interpretado por Jon Hamm), o talentoso diretor criativo da Sterling Cooper.
Embora errático e misterioso, ele é considerado um gênio no mundo da
publicidade. Algumas das campanhas publicitárias mais famosas da história são
consideradas criações dele. Nas temporadas posteriores, Don enfrenta
dificuldades enquanto a sua identidade entra num período de declínio, causada por
uma introspeção e assunção do seu passado sombrio.
Eis o meu resumo de 45 minutos, com
algumas das cenas mais marcantes e algumas das mais extraordinárias músicas dos
anos 60 e de Mad Men!…
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