terça-feira, 30 de julho de 2013

La légende du tour the france - La Belle Époque

A TVI 24 começou a passar este fim-de-semana a história dos 100 anos do Tour de France. Esta primeira parte retrata as décadas amadores do Tour com os ciclistas anónimos a pedalarem 18 horas seguidas e perto de 500 km em estradas esburacadas e poeirentas, unicamente com uma câmara de ar suplente e entregues a si próprios. Gostei particularmente das imagens da Belle Époque, imagens de uma beleza incrível dos primórdios do cinema, nas quais as pessoas olhavam a câmara de filmar com a mesma admiração e fascínio com que revemos agora, cem anos depois, essa época.

Estou curioso de ver a 2ª parte, a partir dos anos 60, o profissionalismo e o espetáculo mediático mas também o surgimento do doping que tem ensombrado o Tour. E o surgimento dos grandes ciclistas que marcaram a história do Tour. Na minha opinião, o Tour teve dois grandes nomes, Eddy Merckx, o campeão dos campeões, e Lance Armstrong o melhor ciclista num pelotão de dopados. A "belle époque" do tour já passou há muito tempo...

segunda-feira, 8 de julho de 2013

A crise política pode significar uma inflexão positiva



Esta crise política teve um aspeto muito positivo, obrigar a uma reformulação governamental e reorientar a linha política do governo. Mesmo apontando-se inúmeros erros ao governo, seria muito negativo desperdiçar estes dois anos de sacrifícios dos portugueses, e pode ser agora que se faça a reforma do estado e que consigamos cumprir com os objetivos para a Troika se ir embora no prazo de um ano.
Se foi uma atitude premeditada, para obter mais poder, para obter dividendos políticos futuros, Paulo Portas terá um espírito calculista e maquiavélico, mas se foi uma questão de princípios, se foi a última gota na falta de diálogo e prepotência do Primeiro-ministro, então acho uma atitude louvável. As questões que ficaram no ar é se ele pensou nas consequências para o país (interesse nacional) que a sua atuação colocou em causa e também ficou em causa a, já posta em causa muitas vezes, palavra de Paulo Portas.
Se pensou nas consequências para o país, ou é um visionário brilhante, considerando que está remodelação será positiva para o país, ou então é um irresponsável e calculista. Relativamente à palavra dele, os factos falam por si mas teve o condão de a ter perdido pela contrapartida da estabilidade governamental.
Finalmente, refiro os comentadores políticos. Aprecio muito o Eixo do Mal por exemplo, mas parece-me que em termos gerais a contundência das palavras e das análises causam sensação e têm muita audiência mas deveriam ser mais consequentes pois o objetivo deveria ser a crítica apontando as alternativas e o acerto nas previsões.

terça-feira, 2 de julho de 2013

Os amigos da onça!

Não é surpresa total as revelações de Snowden e as notícias nos últimos dias com revelações sobre o sistema PRISM e as escutas dos EUA à União Europeia, Nações Unidas, embaixadas e sobre milhões de chamadas telefónicas, mensagens de texto e de correio eletrónico em vários países europeus. Há alguns anos atrás a revelação do sistema Echelon que tinha por objetivo analisar as comunicações a nível mundial, com o objetivo de procurar mensagens que representassem ameaças à segurança mundial, levantou a suspeita, inclusive, de incluir espionagem industrial.
As justificações que o sistema PRISM visa somente a vigilância contra o terrorismo tornam-se frívolas face aos alvos da espionagem. Desta forma é natural que cada vez mais os aliados de longa data nas guerras mundiais e na NATO questionem as intensões e a lealdade do aliado Americano.
Os europeus sempre apreciaram o espírito empreendedor e criativo da economia americana mas também sempre olharam com alguma desconfiança a mentalidade de cowboy dos americanos. O histórico espírito bélico que se traduziu numa economia de guerra permanente desde a guerra hispano-americana, traduz também um país dirigido por fortes interesses comerciais cujos esquemas de financiamento aos partidos e candidatos às eleições tornam estes dependentes e subjugados aos primeiros.
Nesta época de pós guerra fria os EUA viram-se de repente como única potência mundial e parecem hesitar em manter as mesmas estratégias e “armas” usadas contra o então bloco de leste, a relacionar-se de forma verdadeiramente livre e leal com o restante mundo democrático.