segunda-feira, 8 de julho de 2013

A crise política pode significar uma inflexão positiva



Esta crise política teve um aspeto muito positivo, obrigar a uma reformulação governamental e reorientar a linha política do governo. Mesmo apontando-se inúmeros erros ao governo, seria muito negativo desperdiçar estes dois anos de sacrifícios dos portugueses, e pode ser agora que se faça a reforma do estado e que consigamos cumprir com os objetivos para a Troika se ir embora no prazo de um ano.
Se foi uma atitude premeditada, para obter mais poder, para obter dividendos políticos futuros, Paulo Portas terá um espírito calculista e maquiavélico, mas se foi uma questão de princípios, se foi a última gota na falta de diálogo e prepotência do Primeiro-ministro, então acho uma atitude louvável. As questões que ficaram no ar é se ele pensou nas consequências para o país (interesse nacional) que a sua atuação colocou em causa e também ficou em causa a, já posta em causa muitas vezes, palavra de Paulo Portas.
Se pensou nas consequências para o país, ou é um visionário brilhante, considerando que está remodelação será positiva para o país, ou então é um irresponsável e calculista. Relativamente à palavra dele, os factos falam por si mas teve o condão de a ter perdido pela contrapartida da estabilidade governamental.
Finalmente, refiro os comentadores políticos. Aprecio muito o Eixo do Mal por exemplo, mas parece-me que em termos gerais a contundência das palavras e das análises causam sensação e têm muita audiência mas deveriam ser mais consequentes pois o objetivo deveria ser a crítica apontando as alternativas e o acerto nas previsões.

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