A intensão de criação de um partido
“no meio da esquerda” poderá preencher um espaço enorme entre os gémeos
políticos PCP e BE e o partido Socialista. De facto, durante algum tempo
o BE pareceu ser essa alternativa à esquerda mas acabou por vir ao de
cima a coincidência das orientações políticas. O PCP mais ortodoxo, mais
comprometido com os ex-regimes de leste e mais conservador e o BE mais
moderno, sem complexos com a história do comunismo internacional, com as
bandeiras do combate a todo o tipo de discriminações e a defesa do
casamento dos homossexuais, no fundo conteúdos políticos muito
semelhantes numa roupagem mais moderna do BE.
No
outro lado da esquerda, o PS defende o socialismo democrático e os
trabalhadores mas este princípios têm sofrido desvios com o facilitismo e
o convite à inercia do Rendimento Mínimo Garantido, o exagero do peso
do estado e comprometimento com interesses económicos, a falácia de que
para o desenvolvimento basta criar infraestruturas (as autoestradas…) e
as irresponsabilidades das PPP e a proliferação das fundações que, com a
justificação do desenvolvimento, aumentaram os compadrios e endividaram
o país.
Um
novo partido no meio da esquerda com princípios de equilíbrio entre uma
economia de livre iniciativa e justiça social para as pessoas e que
premeie o mérito e combata a corrupção. Com uma nova mentalidade,
dirigido por individualidades de mérito que não precisam da política mas
que prestam um serviço ao país, em contraste com este tempo de boys
que se promovem com a política, poderá permitir uma nova fase de
desenvolvimento do país e de um novo e livre futuro para os portugueses.
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