domingo, 24 de outubro de 2021

Assim como o clima teve influência na evolução da História, o Homem influenciou o clima na terra entre os anos de 1500 e 1600!

Assim como o clima teve influência na evolução da História (in How Climate Made History - SBS 2015 e Como o Clima fez História), as descobertas científicas mais recentes revelam-nos também a influência do Homem sobre o clima num período que seria difícil de imaginar. É extraordinário e era desconhecido até há pouco tempo que o Homem influenciou o clima na terra entre os anos de 1500 e 1600!

Os Portugueses e Espanhóis ao chegarem às Américas levaram as doenças do velho continente (varíola, sarampo...) o que provocou a redução da população indígena em 90%! (in zap.aeiou.pt 06/02/2019) A população de cerca de 60 milhões de pessoas que viviam nas Américas no fim do século XV (cerca de 10% da população total do mundo) diminuiu para apenas 5 ou 6 milhões em cem anos! Este massacre acidental dos povos indígenas das Américas resultou num impacto global no sistema da Terra, impulsionado pelo ser humano. Esta é a conclusão de um estudo da University College London (UCL), no Reino Unido.

O elevado número de mortes levou ao abandono de imensas áreas de terras agrícolas (quase o tamanho do território da França actual) que acabaram por transformar-se em florestas de densa vegetação. Este processo retirou dióxido de carbono (CO) suficiente da atmosfera para provocar o arrefecimento do planeta. Este período de arrefecimento é conhecido por Pequena Era do Gelo nos livros de história, e foi uma época em que as tempestades de neve eram comuns em Portugal, e o Rio Tamisa, em Londres, congelava durante o Inverno, com vários países europeus a viverem períodos de fome.

A queda no CO gerada pelo genocídio foi determinante para o arrefecimento acontecido. Portanto a humanidade provocou nessa altura um fenómeno inverso ao que está a provocar atualmente e iniciado com a Revolução Industrial! Talvez no futuro a ciência permita atuar sobre o planeta de forma a ajudar a reverter o fenómeno do Aquecimento Global!

domingo, 1 de agosto de 2021

O número de negacionistas das vacinas Covid-19 tem tendência a diminuir!

Da forma mais lamentável e trágica o número de negacionistas das vacinas Covid-19 tem tendência a diminuir consideravelmente!...

“Nos últimos seis meses (de 11 de Janeiro a 10 de Julho) morreram 57 pessoas de covid-19 que já tinham vacinação completa, sendo que nenhuma abaixo dos 50 anos com as duas doses da vacina morreu no país neste mesmo período.” (in publico.pt 30/07/2021, artigo de Miguel Dantas, citando dados da DGS sobre Portugal). Tendo em consideração que no mesmo período e segundo dados oficiais morreram 9223 pessoas de COVID-19, isto significa que morreram 0,55% de portugueses completamente vacinados, pelo que o número de não completamente vacinados que morreram são de 99,45%!

Por outro lado “Brytney Cobia, uma médica do Alabama, EUA, publicou” … “um apelo emotivo a todos os que ainda têm dúvidas sobre a vacina contra a covid-19 para que se vacinem, antes que seja demasiado tarde. Tenho admitido no hospital jovens saudáveis com infeções muito graves de covid-19. Uma das últimas coisas que eles fazem antes de serem intubados é implorar pela vacina. Eu seguro-lhes a mão e digo que lamento, mas é tarde demais…" (in TVI24.iol.pt 22/07/2021, no artigo de Redação / MJC)

E de forma irónica “Rick Wiles, apresentador de um programa de direita e anti vacinação contra o coronavírus, foi hospitalizado com covid-19” tendo afirmado que "Muitas pessoas estúpidas serão mortas. Se a vacina acabar com muitas pessoas estúpidas, bem, teremos um mundo melhor." (artigo de sicnoticias.pt de 02/06/2021)

Temos assistido nos media a manifestações em alguns países europeus incluindo Portugal, exigindo liberdade e contra o Certificado Digital. Estas pessoas, penso eu, confundem o direito à liberdade individual que não está em causa e não pode estar acima do bem-estar coletivo que neste caso se poupem milhares de mortos pela COVID. A liberdade e os direitos humanos estão perfeitamente consolidados no 1º Mundo, embora ainda não em África, Ásia e América Latina, e o facto de se manifestarem significa que a têm. Liberdade é um direito e uma conquista que não pode ser confundido com anarquia com vários exemplos históricos nefastos, a Liberdade tem o contraponto dos deveres individuais da vida em sociedade. Essas pessoas devem refletir nos valores e princípios que fundamentam o altruísmo e o bem comum que deve fundamentar a nossa luta por um Mundo melhor!

sábado, 13 de março de 2021

Se doentes de risco e maiores de 80 anos estivessem vacinados, país poderia desconfinar mais à vontade

Segundo Jorge Torgal “Se olharmos para a taxa de morte abaixo dos 80 anos, ela é de 0,1 por mil habitantes. Se vacinarmos aqueles que realmente estão em risco, que são as pessoas com patologias e acima dos 80 anos, não há razão de maior para que o desconfinamento não avance”. “Acima dos 80 anos, a taxa de mortes é de 163 por cada mil habitantes”, contabiliza. Logo, “o plano de vacinação deveria contemplar em primeiro lugar as pessoas de risco e acima dos 80 anos”. E, reforça, “não é isso que está a acontecer”.

O critério seguido no plano de vacinação “não foi o de privilegiar os mais frágeis, mas o peso político de algumas federações, corporações e alguns grupos profissionais”. “Acho bem que se vacinem os profissionais de saúde de primeira linha, mas aceito mal que estejam a ser vacinados colegas meus, independentemente do risco que correm, só pelo facto de serem médicos”, acrescenta Torgal, para quem tais opções, numa altura em que o Governo está a dias de fazer arrancar a vacinação do pessoal docente e não docente das escolas, configuram, num cenário de escassez de vacinas, “um erro e uma desconsideração para quem tem um elevado risco”.

Excerto do artigo do PÚBLICO de 12/03/2021 por Natália Faria

Por vezes há realidades que nos parecem tão evidentes que achamos incrível o porquê das coisas não acontecerem da forma mais racional e de acordo com os valores e princípios universais, neste caso o da vida humana. Neste assunto não sou o único a pensar desta maneira pois há especialistas e comentadores relevantes da sociedade portuguesa que manifestaram esta opinião. Somente quando a UE definiu o objetivo europeu de vacinar 80% dos idosos acima dos 80 anos até final de março, o nosso país assumiu finalmente este objetivo. É lamentável!

domingo, 3 de janeiro de 2021

A Belle Époque em filmes remasterizados 4K

Ao longo do tempo a televisão e o cinema têm apresentado vários filmes dos primórdios do cinema. A Saída dos Operários da Fábrica Lumière 1895 será porventura o primeiro filme da história do cinema, o qual foi produzido e distribuído em 1895 pelos irmãos Lumière. Nos anos mais recentes o Youtube constitui uma ferramenta para pesquisa e visualização deste manancial de filmes antigos a preto e branco e de baixa resolução, sem som, com efeito de velocidade das imagens acima do normal devida ao reduzido número de frames por segundo e com a deterioração das imagens provocada pelo tempo.

Mais recentemente têm sido exploradas novas tecnologias computacionais de melhoria da qualidade de vídeo, pela diminuição da velocidade do vídeo para uma taxa natural de 60 frames por segundo, remasterização de alta qualidade até 4K e melhoria da nitidez do vídeo (ex.: [60 fps] The Flying Train, Germany, 1902), adição de som ambiente de contexto (ex.: Around the world in 1896!) e colorização das imagens com uma tecnologia designada de Neural Networks Footage (ex.: Moscow, Tverskaya Street in 1896). Estes processos são efetuados com algoritmos publicados no Github pela comunidade mundial de Machine Learning que contribui ao tornar esses algoritmos de domínio público.

Estas novas tecnologias começaram por ser utilizadas de forma isolada, mas nos últimos meses têm surgido vídeos que combinam todas estas tecnologias em contribuições em particular de “Nineteenth century videos. Back to life.” e Denis Shiryaev (canais do Youtube).

Estes vídeos remasterizados da Belle Époque são absolutamente extraordinários, enquanto os filmes antigos nos transmitem sensações de algo distante no tempo e no espaço, os novos vídeos remasterizados transmitem uma sensação de enorme proximidade e de quase viagem no tempo! Pois os vídeos têm a qualidade dos atuais que transmitem quase que a realidade, mas as pessoas e a forma de vestirem, os edifícios, os veículos e as paisagens são os da Belle Époque... A seguir os três vídeos que considero mais deslumbrantes!

[4K, 60 fps, color] Kids in Lumiere films. 1896.

Nineteenth century videos. Back to life. - YouTube 
Nota: Toda a qualidade da imagem pode ser desfrutada com a definição máxima de imagem HD em controlos do leitor de vídeo e a opção Ecrâ Inteiro

[4K, 60 fps, color] A Trip Through Paris, France in late 1890s
Colorize - YouTube 


[4k, 60 fps] A Trip Through New York City in 1911
Denis Shiryaev - YouTube 

quinta-feira, 23 de julho de 2020

I'm Your Man (Leonard Cohen)

Na altura do lançamento da música, a Rolling Stone escreveu: "O amor como submissão, um tópico de Cohen consagrado pelo tempo, assume uma simpatia conspiratória "

in David Browne. "Leonard Cohen: I'm Your Man"Rolling Stone


Music video by Leonard Cohen - I'm Your Man - YouTube
(C) SME (em nome de Columbia); Sony ATV Publishing

domingo, 22 de março de 2020

Uma mensagem de solidariedade e esperança!


"Somos ondas do mesmo mar,

folhas da mesma árvore,

flores do mesmo jardim."

in dn.pt 22/03/2020, artigo de Paulo Pena
citando o filósofo grego Séneca





Music video by Nick Cave & The Bad Seeds - Breathless - YouTube 
(C) WMG (em nome de Mute/BMG)

segunda-feira, 25 de junho de 2018

O Jardim do Paraíso


Imagem 1 2009/08 - Google Heart

Passava por aquela quinta muito de vez em quando… e aquelas imagens não me saíam da cabeça. Era uma pequena quinta murada, com um portão senhorial, alto, em ferro, quase sempre fechado e que vedava o acesso de quantos passavam. Logo a seguir à entrada um pequeno lago com nenúfares e, a partir daí, linhas infindáveis de árvores de fruto, pessegueiros, macieiras, pereiras, laranjeiras… todas muito bem tratadas num cenário de imensas cores que prendia a atenção de quem passava e que atiçava a imaginação… Para mim era o Jardim do Paraíso!

De quem era aquele pomar? Quem o tratava? Quando passava por ali, estava sempre fechado, deserto, e admirava-o logo desde que o vislumbrava ao longe a seguir ao Jardim do Sameiro, ao pé do edifício da Escola Industrial de Penafiel (o antigo orfanato feminino), passava em frente ao austero portão e à medida que percorria a estrada que serpenteava por entre as casas e quintas em direção ao vale do rio Cavalum em Milhundos.

Bilhete Postal Ilustrado Parque do Santuário lado sul e orfanato feminino, cerca de 1930 - Biblioteca Municipal de Penafiel

No início dos anos 70, talvez por volta de 1972 no início do verão, teria eu 8 anos. Tive finalmente coragem para o enfrentar, de entrar naquele jardim proibido! Com a minha irmã Fátima, quase dois anos mais velha, juntamos as coragens e combinamos lá entrar, para podermos comer algumas frutas das árvores do jardim…

Aquela tarde começou com a emoção intensa da aventura, de que estávamos a descobrir algo desejado há muito tempo, mas havia também uma dúvida a pesar na consciência!... O portão estava fechado, mas reparamos com alívio que não estava trancado! Transpusemo-lo e fechamos o portão nas nossas costas, o jardim estava conquistado!

O lago dos nenúfares, mais bonito ainda do que parecia visto de fora, era o centro de uma plataforma que encimava todo o pomar, com filas e filas de árvores a perder de vista. Descemos umas pequenas escadas encostadas ao muro e deparamo-nos logo com as primeiras árvores, altas e carregadas de frutos.

Após uma pequena incursão entre as árvores para escolher os frutos mais atraentes e apetecíveis e ainda indecisos de quais escolher, ouvimos um barulho junto ao portão, era o vigilante do pomar! Encostámo-nos ao muro protegidos por uma árvore, com o coração aos pulos e o desespero de estarmos encurralados numa ratoeira!

O Vigilante segurou o portão com a mão, divisou um e outro lado do pomar e após certificar-se que estava tudo bem, saiu e voltou a fechar o portão, o que nos transmitiu uma sensação de enorme alívio…

O espírito de aventura tinha terminado, naquele momento foi só agarrar rapidamente nalguns frutos, metê-los dentro da camisa e voltar para a segurança de casa. No entanto, ao chegarmos ao portão o Vigilante estava uma vintena de metros à frente a falar com o condutor de um veículo de transporte que ladeava a estrada. Como não havia maneira de se irem embora pois a conversa parecia não ter fim, decidimos arriscar, pois o Vigilante estava de costas para o portão do jardim e para o caminho que teríamos de fazer.

Saímos de mansinho e iniciamos o caminho e só então reparamos que estava um miúdo, mais novo do que nós, no lugar de trás do veículo, de pé junto à janela e a presenciar a conversa. O seu olhar saltou ao ver-nos, pois naquele instante percebeu o que tínhamos feito… Olhava ansioso para os dois homens, queria interromper a conversa para contar a sua descoberta. Nós íamos caminhando naquele desespero infindável, o miúdo continuava a tentar interromper a conversa, mas graças a Deus não conseguia…  Olhávamos para trás de vez em quando e fomos ganhando alívio e confiança à medida que nos afastávamos!...

Antes de virarmos a esquina no edifício da Escola Industrial e entrarmos no Jardim do Sameiro, aprendi uma lição que sustentou a construção dos meus valores e princípios para a vida, que o Jardim do Paraíso tinha frutos proibidos! Souberam-nos muito bem os frutos que colhemos, mas as maçãs demasiado verdes provocaram-nos uma dor de barriga que nos serviu de castigo e nos expulsou da ideia lá voltarmos tão cedo!

Uns anos mais tarde aquela pequena quinta foi expropriada e desmantelada. Construíram à frente do lago de nenúfares uma estrada de acesso para a nova escola do Ciclo Preparatório. O lago ainda existe, no entanto está seco há muito tempo… mas os nenúfares e aquele jardim existem algures… quanto mais não seja nas minhas memórias!

Imagem 2 2009/08 - Google Heart

domingo, 24 de junho de 2018

sexta-feira, 30 de março de 2018

A Floresta Autóctone Portuguesa

“A floresta portuguesa é característica de um clima mediterrânico e, em tempos idos, era constituída em larga escala por espécies como o carvalho-alvarinho (Quercus robur), o castanheiro (Castanea sativa), a azinheira (Quercus rotundifolia), o sobreiro (Quercus suber), o medronheiro (Arbutus unedo) e a oliveira (Olea europaea).

Dessas áreas restam manchas florestais e das espécies apenas pequenas zonas ou núcleos. Da zona vegetal primitiva portuguesa resta a mata do Solitário, na Serra da Arrábida.

Em todo o país, ao longo dos tempos, a floresta foi degenerando em matagal (maquis) ou charneca (garrigue), ou então sendo substituída pelo pinheiro-bravo (Pinus pinaster) (30% da floresta) ou pelo eucalipto branco (Eucalyptus globulus) (20% da floresta), que foram propagados em larga escala nos inícios do século XX."
Floresta portuguesa - Wikipédia

Apelo - Aliança pela Floresta Autóctone no seguinte link.

Imagem Google