Neste artigo do site dinheirovivo é caracterizada a chamada quarta
revolução industrial. “Depois da invenção da máquina a vapor, em 1784, da
eletricidade e da produção em massa, em 1870, e da eletrónica e da produção
automatizada, em 1969, começa agora a discutir-se a próxima fase da manufactura
com uma completa digitalização dos sistemas produtivos, interligando máquinas,
pessoas e processos.”
Para o presidente do Fórum Económico Mundial, a velocidade,
o alcance e o impacto das alterações atuais “não tem precedente histórico”, diz
Klaus Schwab. Para este responsável, tal como as anteriores, esta quarta revolução
tem o potencial de “elevar os níveis de rendimento global e de melhorar a
qualidade de vidas das populações em todo o mundo”.
Klaus Schwab destaca que, no futuro, “o milagre” se fará
também do lado da oferta, “com ganhos de eficiência e produtividade a longo
prazo”, decorrentes da baixa dos custos de transportes e comunicação, da maior
eficácia nas cadeias logísticas e de transportes globais e da descida nos
custos do comércio. Tudo isto, diz, “vai abrir novos mercados e impulsionar
crescimento económico”.
Mas nem tudo são boas notícias e há sempre o reverso da
medalha. O crescimento da automatização da indústria e dos serviços, decorrente
das rápidas evoluções em áreas como a inteligência artificial, a robótica, a
nanotecnologia e a impressão 3D, vai tornar obsoletos muitos dos atuais postos
de trabalho, agravando o fosso entre ricos e pobres.
Klaus Schwab assume mesmo que a maior preocupação social
relativa à quarta revolução industrial é o agravamento das desigualdades, que
conduzirá a um aumento das tensões sociais. Até porque os estudos já avançados
estimam que esta quarta revolução implicará a perda de cinco milhões de
empregos nas principais economias mundiais, só nos próximos cinco anos.